sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Deixando o catolicismo

Deixando o Catolicismo

Havia ganhado a minha primeira Bíblia, o meu primeiro livro, do meu pai. Ele a tinha ganhado de um amigo, em São Paulo e me deu ao retornar de lá.
Eu a lia com muita freqüência. E à medida que eu lia e ia tomando conhecimento das verdades, ficava mais confuso com as práticas que observava no catolicismo e que estavam bem diferentes. Mesmo assim, eu não pretendia sair do catolicismo e achava que podia seguir a Bíblia sem ter que sair de lá.

Foi então que conheci o irmão Livino.
Ele havia se mudado para perto da minha casa. Ele e sua esposa a irmã Maria, eram já idosos. Eram crentes. Aos poucos, travamos contato. Foi então que ele começou a pregar o evangelho para mim.

O curioso era que ele não sabia ler. Mas isso não era problema para ele. Com muita criatividade ele marcava os textos e mandava eu os ler. Assim ele mostrava na Bíblia, o que pregava e eu que acreditava que a Bíblia é a Palavra de Deus, ficava sem argumentos.

Aos poucos ele foi me fazendo entender, que lá não era o meu lugar. E eu então tomei a decisão de entregar a minha vida ao Senhor Jesus, e ao mesmo tempo, romper com a Igreja Católica, saindo dela de fato.

Tudo aconteceu em certa noite, ao retornar da vila, aonde quase sempre ia para assistir TV, nas casas das pessoas que as tinham, principalmente, na casa de dona Luzia, mãe de Luciano, meu colega de escola.
No caminho, pensando em tudo que eu havia escutado da parte do irmão Livino, eu conclui, que precisava tomar uma decisão. Era necessário. Não dava para continuar no catolicismo, quando o que eu aprendera na Bíblia, me dizia que aquilo tudo que eu praticava lá era errado, principalmente a idolatria.

Ele havia me convidado para um culto que, disse ele, deveria acontecer naquela noite e que eu não pretendia ir, já que tinha ido para a vila, como fazia sempre.
Quando cheguei na frente da sua casa, encontrei-o com sua esposa, se despedindo de um casal, que tinha ido para o culto. Eram somente eles que se encontravam ali. O casal ali presente, era o irmão Manoel Soares e a irmã Izabel, ambos parentes da minha família e que moravam há alguns minutos dali. Já eram crentes.

Apesar do culto já ter terminado, eu manifestei o desejo de “me converter”. Eles ficaram radiantes de alegria. Convidaram-me para entrar na casa deles e ajoelhado na sala e ouvindo a oração que ele fez, e repetindo suas palavras, me entreguei ao Senhor Jesus.

No dia seguinte, comuniquei aos meus pais e parentes a minha decisão. Era o ano de 1984. Não marquei o mês e nem o dia, infelizmente. E a partir daí, me senti fora da Igreja Católica, com todas as implicações advindas dessa decisão.

Djalma Alves de Moura Caruaru, 29 de janeiro de 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário