sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

QUANTOS FALARAM E EM QUE ORDEM FALARAM


          QUANTOS FALARAM E EM QUE ORDEM FALARAM

         Quanto ao NÚMERO examinaremos se foram todos, ou muitos, ou poucos que falaram “em outras línguas”. Quanto à ORDEM, examinaremos se falaram todos ao mesmo tempo, ou em grupos, ou um após outro.   
          Aquela assembléia dos falantes era constituída de umas cento e vinte pessoas. Se todos falaram ao mesmo tempo, creio que nem uma palavra poderia ser distinguida pela multidão assistente. Cento e vinte pessoas que se pusessem,TODOS a falar ao mesmo  tempo, só Deus poderia entender o que cada um estivesse dizendo. O v.8 diz: ”...os ouvimos falar, ‘cada um’ na nossa própria língua materna...”  Se isso aconteceu é porque ocorreu da forma natural da comunicação  humana: “Se muitos precisam falar e serem ouvidos, FALE UM DE CADA VEZ”. E, para esta regra não há exceção. Isto porque não existe criatura humana que entenda DOIS que lhe falem ao mesmo tempo. Deus, como nosso Criador, que é, não nos deu a capacidade de entendermos duas pessoas nos falando ao mesmo tempo. Em Pentecostes houve muitos falantes, como atestam os vs. 4,6,8,11 e 15; mas certamente falaram UM APÓS OUTRO. Isso porque a multidão ENTENDEU o que falaram, por isso disseram: “...os ouvimos falar em nossas próprias línguas, das grandezas de Deus”.
          Em bora a argumentação acima se baseou na experiência comum da raça humana, qual seja, que temos a capacidade de ouvir somente uma pessoa falando conosco; Encontramos a confirmação desta verdade em I Co 14, justamente onde Paulo está tratando da ORDEM dos que falam na igreja. No v. 27 ele diz: “no caso de alguém falar em outra língua (note que aqui a palavra está no singular: OUTRA LÍNGUA), que não seja mais do que dois ou quando muito três, e isto sucessivamente...”  Paulo ensina que fale um, depois outro, depois um terceiro, isto é, SUCESSIVAMENTE. No v. 30 diz: “Se vier revelação a outrem, que está assentado, cale-se o primeiro...”; desta palavra só nos interessa um detalhe, que é este: “Paulo não permite, na igreja, que dois falem ao mesmo tempo”. No v.31 diz: “Porque todos podeis profetizar, um após outro...” Certamente que em Pentecostes as coisas não foram pior que em Corinto. Se em Corinto dois não deviam falar ao mesmo tempo, mas, “um após outro”, certamente assim ocorreu em Pentecostes.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

EM QUE LÍNGUA, CADA UM QUE FALOU, SE OUVIA FALANDO?





          Essa é a oportunidade de tentar responder a esta pergunta. Tomemos por exemplo, a Pedro. Possivelmente foi um dos que falaram em “línguas”. Em que língua se ouviu falando? Quando chegar no céu, saberei em que língua falou. Mas para não ser reprovado quanto ao que entendo hoje desta Escritura, preciso acertar enquanto estou aqui. Da minha parte respondo que , se Pedro foi um dos falantes, tudo o que falou, se ouviu falando no seu velho idioma de origem, a linguagem comum da Galileia.
E isto por três razões:

1.     Seria incoerência, “a multidão dos ouvintes ENTENDER tudo em suas línguas de origem o que os discípulos falaram, se eles próprios não tenham ouvido a si próprios na sua língua de origem, ou seja, a linguagem da Galileia. A multidão de ouvintes reconheceu e disse: “Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?
2.     Convém notar que, entre a multidão, certamente havia aqueles que da Galileia tinham vindo a Jerusalém para a festa de Pentecostes. Para estes tudo lhes soou normal. Lucas não os inclui naquela lista de ouvintes (vs. 9-11), porque eram galileus ouvindo seus conterrâneos.
3.     Nenhum dos discípulos que falaram saiu a procura de saber o que disse, o que falou. Isto me convence de que os discípulos, por serem galileus ouviram a si mesmos na sua língua de origem.

Sendo que os discípulos ouviram a si mesmos falando o idioma a que eram habituados,  podemos indagar: Como, então as Escrituras garantem que eles “...passaram a falar em outras línguas”(v.4)? Penso que não foi fácil para Lucas descrever o que aconteceu. Ao compreendermos seu escrito, daremos razão a forma como escreveu. Se me fosse dada a tarefa de narrar o que aconteceu em Pentecostes, em tão poucas palavras com fez, não seria capaz de melhorar o que está escrito. Portanto, verdadeiramente as Escrituras nos dizem que, aqueles que falaram “...passaram a falar em outras línguas”, pois isto foi a obra do Espírito Santo fazer com que “aquilo que os discípulos falaram chegasse aos ouvidos de cada ouvinte na língua de sua nação de origem”. PARA CADA OUVINTE, eles verdadeiramente FALARAM em sua língua materna. Falaram e eram ouvidos simultaneamente em DEZESSEIS diferentes línguas (=pois devemos incluir os GALILEUS entre a multidão assistente).

Sendo assim, em que consistia este FENÔMENO de falarem em “outras línguas” cientificamente falando? Consistia nisto: Aquilo que Pedro falava, tomemos a ele como exemplo, era transformado em frases na língua de cada ouvinte. Claro que isto a ciência humana não tem capacidade de realizar. Mas esta obra foi realizada pelo Espírito Santo. Visto termos mais tempo que Lucas, vamos repetir o que acabamos de dizer: foi obra do Espírito Santo fazer com que “o som das palavras saída das bocas de cada discípulo” chegasse aos ouvidos de CADA OUVINTE, em palavra de sua língua de origem, (o dom não era de OUVIR, mas de FALAR). Aos ouvidos de um romano o Espírito Santo transforma para o latim. A um árabe, na sua língua árabe. A cada um na sua própria língua.
          É importante entendermos que cada um que falou, simultaneamente foi ouvido em dezesseis línguas diferentes. Isto prova ser correta a forma que Lucas escreve: “...passaram a falar em outras línguas” (v.4). Isto não é a mesma coisa quando uma pessoa fala numa língua, e depois em outra, e mais outra, etc., não! Em Pentecostes, quem falou foi ouvido em dezesseis línguas diferentes. Por isto Lucas escreve dos que falaram: “...passaram a falar em outras línguas...SEGUNDO o Espírito concedia que falassem” (v.4).

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Os ouvimos falar em nossas próprias línguas




Atos 2.11: “tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?”
          “...tanto judeus como prosélitos...”.   Esta expressão está adjetivando a citação anterior que é “romanos que aqui residem”. Quando Lucas escreve dizendo: “...tanto judeus”, está se referindo a judeus romanos. Quando diz “romanos...prosélitos”, está mencionando a gentios romanos que aderiram à fé judaica.
          E o v.11 prossegue nomeando os dois últimos desta lista:  “...cretenses e arábios”, totalizando a soma de QUINZE línguas faladas entre as nações daquela época. Lucas destaca que eles continuam a se perguntar:
          “...como os ouvimos falar, em nossas próprias línguas, das grandezas de DeusEsta é a terceira vez que as Escrituras nos destacam esta verdade. Antes a aprendemos pelos vs. 6 e 8. Bem por isto nos importa repetir: Cada um que FALOU foi ouvido, e ENTENDIDO, por toda a multidão presente. Cada um dos presentes, OUVIU “...na sua própria língua”.  Cada estrangeiro da multidão ouviu aqueles falantes como se fossem conterrâneos seus.  Ora, isto é um milagre que somente Deus tem o poder de realizar. Gostaria de ver isso acontecer hoje.  Que hoje se reúnam pessoas de diferentes línguas maternas e alguém tente REALIZAR o que aconteceu em Pentecostes. Alguém fale e, sem intérpretes, seja ouvido por brasileiros, russos, italianos, poloneses etc.... “cada um ouvindo-o em sua própria língua”. Certamente Pentecostes não tem repetições hoje. Foi uma maravilha operada por Deus com um propósito certo que nos convém conhecer.
          “...os ouvimos falar das grandezas de Deus”.  Procuremos agora saber sobre quais “...grandezas de Deus”  falaram?
          Lucas não nos diz o que ou quais eram estas “grandezas de Deus” ai faladas, mas tanto os que falaram quanto os que ouviram, sabiam do que se tratava.  E por que não relatou nenhuma delas? Porque nós podemos saber DO QUE tratavam. Assim vejamos:
          Para um servo do Senhor , familiarizado com as Escrituras, não será difícil a resposta, uma vez que entenda que tudo que existe foi criado por Deus  para o louvor da Sua glória. E a glória de Deus é revelada em Jesus Cristo. Jesus é Deus, a segunda pessoa da Trindade.  O propósito de Deus em salvar a igreja é exatamente este. Portanto estas palavras estão focalizando “...a glória de Deus na face de Cristo? Onde encontramos a Jesus, no dia de Pentecostes?
           Antes de prosseguirmos (na busca da resposta desta pergunta) é necessário recordar qual é a obra do Espírito Santo no PLANO da redenção da igreja. Os que falaram estavam “cheios do Espírito Santo”, e assim são GUIADOS,  MOVIDOS, pelo Espírito Santo. Ora, nós sabemos que a OBRA do Espírito Santo é, e sempre será: NOS REVELAR “o Cordeiro de Deus”, Jesus Cristo (I Pe 1.10-12). Sempre onde o Espírito Santo se manifesta, Ele nos revela a Jesus Cristo (Jo 16.13-14). Portanto, os que falaram em Pentecostes movidos pelo Espírito Santo, “falaram...das grandezas de Deus” COM RESPEITO a Jesus Cristo. E onde está o Senhor Jesus,no dia de Pentecostes, para o Espírito Santo no-Lo revele?
          A resposta nos é bem conhecida: “...assentou-se à direita da Majestade nas  alturas” (Hb 1.2).  Jesus completara  de TOMAR POSSE sobre todas as hostes angelicais de Deus. COMO REI. Após a Sua ASCENSÃO até o dia de Pentecostes se passaram DEZ dias. Durante estes dias foi entronizado no céu como rei de todas as hostes angelicais de Deus. Aqui está Jesus, no dia de Pentecostes! Ao encontrarmos a Jesus encontramos a resposta da Pergunta: “Sobre quais grandezas de Deus falaram?” Não sabemos quais palavras disseram, porque Lucas não nos relata, mas  o ASSUNTO destas grandezas foi exatamente este: “Jesus está à direita da Majestade. Ou seja, o HOMEM RESSURRETO Jesus Cristo, é agora o REGENTE de Deus, com toda autoridade de Deus, nos céus e na terra” (Hb 2.5-9; Mt. 28.18). Este é o assunto falado e ouvido simultaneamente, sem tradutores, em quinze idiomas diferentes. Importa-nos destacar que a vinda do Espírito Santo sobre os discípulos, no dia de Pentecostes foia PRIMEIRA OBRA de Jesus sobre os discípulos, como rei celeste entronizado (veja  Jo 16.7 e At 2.33).

domingo, 20 de janeiro de 2013

Estavam, pois atônitos...


Atos 2.7: “Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?”

           Ficamos atônitos diante de uma admiração muito intensa que nos deixa sem ação, paralisados  Com toda certeza, se nós estivéssemos lá e ouvíssemos aquela gente falando o nosso português, enquanto um argentino ao nosso lado os ouvia em espanhol, teria esta mesma admiração. Principalmente porque todos sabiam quem eram aqueles que falavam ...”GALILEUS”.

  Atos 2.8: “E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?

          O grupo dos falantes era  formado por galileus. No entanto, os ouvintes indagam  “como os ouvimos falar, cada um na nossa própria língua materna?” Se ali, na multidão estivesse um brasileiro, escutaria tudo em português. Se houvesse um francês, os ouvia em francês. Um alemão, naquele mesmo instante, ouvindo os mesmos falantes, escutaria tudo em alemão. Creio que não restam dúvidas, pois se ali estivesse um japonês, que nada conhecesse da língua daqueles galileus, não ficaria “por fora”, certamente ENTENDERIA tudo no seu japonês.
          É certo que lá não tinham brasileiros, nem japoneses, mas vejamos quantas nacionalidades se faziam presente:

  Atos 2.9: “Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia...”

           A lista prossegue,  mas quero fazer um comentário.Entendo que tanto os judeus quanto os galileus tinham por idioma a língua hebraica. Então, por que aparece aqui o natural da Judeia, como ouvintes  daqueles galileus? A resposta é simples: “Ainda que falassem a mesma língua, possuíam modos típicos de falar. (Veja Mt 26.71,73).  È semelhante ao que acontece aqui no Brasil, quando se encontram um cearense e um gaúcho.  Ambos falam o português, mas ao seu próprio modo. Em breves palavras, se aquela assembléia  não fosse de galileus, mas de cearenses, eu os ouviria em meu português sulista.
Eis a maravilha operada por Deus: Quem falava era ouvido, ao mesmo tempo, sem tradutores, na língua de cada nação representada. Caso você lá estivesse e ouvisse Pedro falando, ou que tivesse sido André ou  Bartolomeu, você os escutaria em tua própria língua; sem se preocupar se você é natural do Ceará ou Paraná? O que HOJE não deve acontecer é deixarmos de ouvir este TESTEMUNHO claro que o Espírito Santo está dos dando por meio das Escrituras. Os autores das Escrituras, neste caso Lucas, escreveram movidos pelo Espírito Santo. E ESTE testemunho é fiel e nos mostra  o que aconteceu em Pentecostes.
          Contamos até aqui OITO diferentes “línguas” das nações daquela época; mas há mais...

  Atos 2.10: “da Frígia e Panfília, do Egito e das regiões da Líbia nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem,”

          A lista termina no v.11, mas temos uns comentários. Lucas, que é o autor deste livro de Atos e do evangelho que leva o seu nome, se mostra um acurado investigador, como se diz ser (Lc 1.3).  Cada nome aqui anotado, com certeza o tomou daqueles “...judeus homens piedosos” que presenciaram estas maravilhas; ou de quem fielmente o transmitiu (id. Lc 1.3). Devido a um ou alguns judeus vindos da Líbia é que escreveu”...e das regiões da Líbia nas imediações de Cirene”. E este versículo termina com esta citação “...e romanos que aqui residem”.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Atos 2.6


Atos 2.6: “Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua”.

          A multidão atraída pelo “som... vindo do céu”, o qual encheu toda a casa onde estavam, afluiu para lá. O fenômeno que os atraiu consistia em OUVIREM o som...de um vento impetuoso, sem que houvesse um vento assim. Poderíamos indagar se o que atraiu os habitantes de Jerusalém para o Cenáculo não foi o som como de um vento impetuoso, mas o fato de terem, os discípulos, falado em línguas? Como resposta apresentaremos as seguintes razões:
1)    O texto nos diz que “...veio do céu um som”, ou seja, o mesmo foi ouvido não apenas pelos que estavam naquele Cenáculo, mas CERTAMENTE por parte da população (ou, provavelmente, por toda a cidade”.
2)    Se o Espírito Santo quisesse nos dar a entender que foi o terem “...falado em outras línguas”  que atraiu a multidão , com certeza a maneira de escrever seria outra. Neste caso o correto seria escrever: “quando se se fez ouvir AQUELAS VOZES...”
3)    Sabemos  que o som de pessoas  falando dentro de uma casa, não é suficiente para ser ouvido por toda uma cidade. Naquela época não havia amplificadores de som, e também o texto não diz que “...passaram a  GRITAR em outras línguas.”
          Ao chegarem no Cenáculo  VIRAM aquelas “...línguas como de fogo” sobre as cabeças dos discípulos. Entendo que, quando o “som como de um vento impetuoso” CESSOU, é que os discípulos começaram “...a falar em outras línguas”, e a multidão os OUVIA “cada um na sua própria língua”. Prossigamos...
          “a multidão...se possuiu de perplexidade”. Ficamos perplexos quando alguma coisa nos surpreende, diante da qual não temos uma explicação. Aquela multidão, ao chegar ali, atraída pelo som vindo do céu e que encheu todo o lugar onde estavam, “...se possuiu de perplexidade.”
Ouvir “o som de um vento impetuoso vindo do céu”, sem haver vento; e ver “línguas como de fogo” sobre a cabeça das pessoas, deixa qualquer um perplexo. Mas, segundo as Escrituras, o que deixou aquela multidão perplexa, foi isto: “...porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua”. Vou reler: “Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, PORQUANTO cada um os ouvia falar na sua própria língua”. Examinemos agora esta parte:
         “cada um os ouvia falar na sua própria língua”. Lembremos que entre a multidão estão aqueles judeus,...vindos de todas as nações. Cada um destes ouve os discípulos falando “...na sua própria língua. É o que a Escritura nos diz: “...cada um os ouvia na sua própria língua”.  Digamos que um brasileiro estivesse lá, fosse um daquela multidão. Em que língua os escutaria falando? Ora, sendo o português a língua falada no Brasil, CERTAMENTE os ouviria em português. Se ao lado do brasileiro, estivesse
Um argentino, em que língua os ouviria? Em espanhol, pois está escrito: “...CADA UM os ouvia na sua própria língua”, e o espanhol é a língua que se fala na Argentina.
          Da multidão que chega ali, dentre a qual se encontram “judeus...de todas as nações debaixo do céu”, cada um escuta “...na sua própria língua” aqueles que estão falando.  A NTLH escreve neste v. 6: “...todos ficaram muito admirados porque cada um podia entender na sua própria língua o que os seguidores de Jesus estavam  dizendo”.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

...E passaram a falar em outras línguas...


          “...e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito concedia que falassem.” Para compreendermos estas palavras, precisamos do que está escrito DEPOIS delas. Os vs. 6 a 11 vão nos explicar sobre que “línguas” eram estas que falaram. Está fácil de entender que falaram mais de uma “língua”, pois se trata de um plural.Fosse apenas UMA “língua”, o texto escreveria “passaram  a falar ...”em outra língua”, e não como está escrito “...em outras línguas”.
          Apenas por este v.4, não podemos saber de onde eram estas “outras línguas”? Se línguas dos anjos, se línguas dos homens. Da minha parte não sei se os anjos, entres eles, possuem mais de uma língua, como é o caso entre os homens (pois falaram mais de uma língua). Também, apenas por este versículo, não podemos afirmar se as línguas eram compreendidas ou não, por aqueles que FALARAM? Se foram compreendidas por todos que OUVIRAM, ou apenas por alguns?
          “...segundo o Espírito concedia que falassem.”  Esta expressão é um condicional, pois diz: “...segundo o Espírito concedia”. Apenas por estas palavras não podemos afirmar A QUANTOS o Espírito concedeu “...que falassem”. O início deste v. 4 nos diz que “todos” ficaram “cheios do Espírito Santo”;  mas este “todos”  não se estende aos que falaram em “outras línguas”. Sabemos que MAIS QUE UM falou em “outras línguas”, pois está escrito no plural: “...concedia que falassem”. Afirmar mais que isto, apenas com o que este v. 4 nos diz, penso que é inventar COMO FOI que “...o Espírito concedia que falassem”. Mas ninguém tem este direito. Prossigamos nas Escrituras, que nos darão mais informações a este respeito.

 Atos 2.5: “Estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações debaixo do céu.” Sabemos pela História que desde o desterro dos israelitas para a Babilônia não houve um retorno completo. Uma parte veio com Esdras e Neemias, mas a outra ficou dispersa entre as nações. A lei de Moisés exigia o comparecimento de todos os homens, todos os anos, para três festas (Ex 23. 14-17).   Pentecostes era uma delas. Nosso texto não dá o motivo que trouxe a Jerusalém aqueles “judeus”, mas provavelmente fosse este, pois se diz que eram “homens piedosos”. Eles vieram “...de todas as nações”; e, certamente, cada um sabia falar a língua da nação donde veio. Ora, isto poderá ser de ajuda para entendermos o versículo anterior, o qual nos diz que os discípulos passaram a falar em “outras línguas!; a não ser que tenham falado nas línguas dos anjos (=embora, como disse, não sei se os anjos, entre eles, possuem variedade de línguas). Mas, se falaram nas línguas das nações, não faltaria em Jerusalém, naquele dia, alguém que as entendesse. Pois nosso texto diz: “Estavam habitando em Jerusalém judeus...de todas as nações debaixo do céu”.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Atos 2.4 ...Cheios do Espírito Santo


Atos 2.4: “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas conforme o Espírito lhes concedia que falassem.”
          O estudo deste versículo requer muita atenção, pois o que nele se diz está associado ao que está escrito antes e depois.
          “Todos ficaram cheios do Espírito Santo...” Ou seja, cada um, daquele grupo de umas 120 pessoas ficou “cheio do Espírito Santo”. Sendo “cheios do Espírito Santo” são guiados, movidos, controlados por Ele. MAS, destas palavras ganhamos mais informações, devido ao que  ANTES delas estava dito. Ou seja, a expressão “...ficaram cheios do Espírito Santo...” está nos confirmando que OS APÓSTOLOS foram “batizados com o Espírito Santo.” Isto porque,  há dez dias estavam esperando pelo “batismo”. Se “...ficaram cheios do Espírito Santo, certamente o Espírito está neles. Se o Espírito Santo está neles, então foram batizados pois veio habitar neles para sempre. Naquele momento foram “batizados com o Espírito Santo”. Ou melhor, foram batizados “com o Espírito Santo e com  fogo”.

NOTA: O apóstolo Paulo, em suas cartas, nos fala sobre sermos batizados com o Espírito  Santo e sermos cheios do Espírito Santo:
        Em Rm 8.9 diz: “...se alguém não tem o Espírito de Cristo, este tal não é dele”. Em Ef. 1.13 diz: “...tendo nEle crido (=crido em Jesus), fostes selados com o Espírito prometido”. Em I Co 12.13 diz: “Ora,em um só Espírito, TODOS NÓS fomos batizados, formando um corpo”. Estas passagens mostram que,  quando somos selados com o Espírito prometido, aí de fato pertencemos a Cristo; aí somos batizados com o Espírito Santo; pois é quando o Espírito Santo vem habitar em nós para sempre. Ser “batizado com o Espírito Santo” é um acontecimento que ocorre apenas UMA VEZ em nossa vida. Quando se crê no Senhor Jesus entregando nossa vida a Ele, aí se recebe o Espírito Santo para estar para sempre em nós (Jo. 14.16).
          Em  I Ts 5.19 Paulo nos diz: “...não apagueis o Espírito”. Em Ef 5.18 diz: “...enchei-vos do Espírito”. Estas palavras falam sobre o nosso viver com o Senhor. Aqueles dentre nós que tem experiência sabem disto muito bem. Há fases em que nos sentimos cheios do Espírito e outras não. Está fora de nosso estudo de At 2, mas desejo recordar que ser “cheio do Espírito” não é sempre sinônimo de alegrias e fortes emoções. Certamente muitas vezes, ao sermos cheios do Espírito, sentimos grandes alegrias e emoções. Mas ninguém foi “cheio do Espírito” mais  que Jesus quando era crucificado. E garanto que ninguém sofreu igual a Ele ali na cruz. Era completamente cheio do Espírito e, no entanto, passava as horas mais amargas de Sua vida. Então, qual a principal característica de quando somos cheios do Espírito? A principal obra do Espírito, a nos encher com Sua presença, é nos da COMUNHÃO  com Deus, é nos capacitar a CRER na verdade, a VIVER segundo a verdade. Alguém crendo em mentiras poderá afirmar que está cheio do Espírito? Jesus se referiu a Espírito Santo chamando-O de “...Espírito da verdade” (Jo 15.26). Portanto, ser “cheio do Espírito Santo” é um fato  que acontece muitas e muitas vezes em nossas vidas. Sempre que “apagamos” a Sua manifestação em nós (devido a nossos pecados), temos a necessidade de voltar a sermos “cheios do Espírito Santo...” (confessando nossos pecados, que são perdoados pelo sangue do Cordeiro – I Jo 1.7).
         “Todos ficaram cheios do Espírito Santo...Dentro do contexto histórico da redenção este fato ocupa um lugar singular. “É a primeira vez que o Espírito Santo está em homens de Deus com a missão de testemunhar de Jesus, HOMEM RESSURRETO, como Senhor” (At 2. 32-36; Hb 2.5-9). Os profetas até João Batista, guiados pelo Espírito, anunciavam que o Messias viria (Mt 11.13; Lc 3.16). Simeão, cheio do Espírito, tomando o menino Jesus em seus braços  reconheceu que era o Messias (Lc 2.26-28). João Batista, cheio do Espírito, ao ver Jesus disse: “Eis o Cordeiro...” (Jo 1.35-36). Mas agora os discípulos estão cheios da presença do Espírito, neles; que obra, portanto, o Espírito fará?

(Continua a análise do versículo 4 na próxima postagem)

domingo, 13 de janeiro de 2013

O Batismo com fogo


O BATISMO COM FOGO
         
          E o batismo com fogo, o que é? Sem qualquer rodeio digo que “fogo”  aqui, representa o JULGAMENTO de Deus. Este “batismo com fogo”, portanto, significa que Jesus passaria seus servos pelo julgamento de Deus. João Batista, logo antes de dizer: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”, disse: “...toda árvore (=toda pessoa) que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo” (Mt 3.10), mostrando que este “fogo” representa  JULGAMENTO. Desde Abel o povo de Deus entendia que o fogo do holocausto, no qual o cordeiro era queimado, representava o JUÍZO de Deus. Em I Co 3 claramente vemos que “fogo” diz respeito a julgamento, como o versículo 13 nos informa:   “...e qual seja a obra de cada um o próprio fogo a provará”, ou seja, julgará. Assim, ser batizado com fogo, é ser julgado por Deus.
          E quando um servo de Jesus é batizado com fogo? Esta pergunta está fora do nosso estudo de Atos 2. Mas conhecer sua resposta nos ajuda a entender o que aconteceu no dia de Pentecostes. É importante notarmos que João Batista não falou de DOIS batismos, sendo um com o Espírito Santo  e outro com fogo. Fala apenas de UM batismo, o qual acontece “...com o Espírito Santo e com fogo”. Portanto, quando Jesus batiza alguém com o Espírito Santo, neste exato momento o batiza com fogo. Por ser assim, Jesus em suas palavras, menciona apenas o batismo com o Espírito Santo. Jesus disse:  “João...batizo com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo” (At 1.15). Ora, nós sabemos que o Espírito Santo não pode habitar um pecador CULPADO perante Deus. Se a CULPA de meus pecados não for REMOVIDA pelo sangue do Cordeiro, de modo algum pode habitar em mim o Espírito de Deus. Mas quando Jesus, pelo seu sangue, me REDIME da culpa de meus pecados, então eu sou aprovado perante o juízo de Deus. Neste exato momento é que sou “batizado com fogo”, pois me torno limpo diante de Deus. Uma vez limpo, posso ser habitado pelo Espírito Santo. E Jesus não deixa para outra ocasião, mas dá o Espírito Santo, “...a fim de que esteja para sempre conosco. (João 14.16) Assim é que somos,  pelo Senhor Jesus, batizado com o Espírito Santo. Então concluímos que aquelas línguas como de fogo,
Manifestaram que os discípulos estavam remidos perante o juízo de Deus. Aqui está o cumprimento das palavras que João Batista dissera:”Ele vos batizará com o Espírito  Santo e com fogo”.

(Segue na próxima postagem o comentário de At 2.4).

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Atos 2.2 e3 (parte) -Batismo com o Espírito Santo


Atos 2.2: “De repente veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados”.
          Vejamos! Este “som”,  “...como de um vento impetuoso”, “...veio do céu”. Não iniciou dentro da casa onde estavam, mas fora, acima, “...veio do céu”. Não estava vindo uma tempestade, nem havia vento impetuoso. Mas aquele “somse parecia “...como de um vento impetuoso”.  Ouvia-se o “som”, mas não havia um vento impetuoso.
          “De repente veio...”  Esta expressão nos ensina que aquele “som foi um acontecimento rápido e inesperado. Os APÓSTOLOS foram ordenados pelo Senhor Jesus a esperarem em  Jerusalém, até receberem a promessa de Jesus enviar-lhes o Espírito Santo. (Jo 16.7; Lc 24.49; At 1.4-5).  Estavam a dez dias esperando, quando “...de repente veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam...”.
          “...onde estavam assentados.” No momento que o  “som veio do céu todos estavam assentados.

Atos 2.3: “E apareceram, distribuídas entre eles, línguas como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.”

          Estas línguas COMO de fogonão eram de fogo. Mas, para quem as via, eram semelhantes a labaredas de fogo; por isto se  diz: “...como de fogo”. Elas foram vistas acima da cabeça deles, pois está escrito: “...e pousou uma sobre cada um deles”.
          Aqui podemos perguntar se aquele “some estas “línguas como de fogotinham algum significado especial? Creio que sim. João Batista, aos que confessando seus pecados se dispunham a andar nos caminhos do Senhor, disse: “Eu vos batizo com água pára arrependimento, mas Aquele que vem depois de mim (João falava de Jesus) ...Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3.11). O que significa ser batizado com o Espírito Santo e com fogo?
          Ora, o batismo com o Espírito Santo é o cumprimento da promessa de Jesus nos dar “...outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco” (Jo 14.16). É o Espírito vir habitar em nós, servos do Senhor Jesus, PARA SEMPRE. No exato momento em que o Espírito Santo vem HABITAR aquele que crê em Jesus (Ef 1.13), este é o momento em que é “batizado com o Espírito Santo”. Aqueles que que são batizados com o Espírito Santo JAMAIS perderão a presença do Espírito Santo neles (Ef 1.14; 4.30; Jo 14.16). A garantia disto é o sacrifício de Jesus na cruz, que nos dá total perdão de nossos pecados (Hb 10.12,14).
(Continua na próxima publicação a análise deste mesmo versículo explicando o que é o batismo com fogo)

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Línguas em Jerusalém e Corinto


Línguas, em Jerusalém e Corinto

Importante: Esta série de estudos tem como fonte o livreto de mesmo título e de autoria de Orzebal Siviero. O referido livreto foi o melhor  que eu li nos últimos anos e me esclareceu muitas dúvidas referentes ao assunto “línguas” e que me acompanharam por muitos anos de vida cristã. É uma tentativa de ajudar a muitos irmãos que não entendem ( a confusa e controvertida questão das “línguas”  quanto à sua prática  e  contemporaneidade). Hoje, o meio evangélico se divide em igrejas pentecostais (=que creem na atualidade do dom de línguas) e igrejas tradicionais (=que creem que línguas foi um fenômeno apenas  da era apostólica). Uma destas partes está errando. E qual delas estiver errando não receberá galardão por isto; além de ser culpada de dividir a igreja. Cuidemos para não sermos reprovados nesta questão. – (Última página do livreto).
LÍNGUAS EM JERUSALÉM NO DIA DE PENTECOSTES
Estudo de Atos 2.1-15:
1 Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;
2 de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados.
3 E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles.
4 Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.
5 Ora, estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu.
 6 Quando, pois, se fez ouvir aquela voz, afluiu a multidão, que se possuiu de perplexidade, porquanto cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 Estavam, pois, atônitos e se admiravam, dizendo: Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?
 8 E como os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?
 9 Somos partos, medos, elamitas e os naturais da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, Ponto e Ásia,
10 da Frígia, da Panfília, do Egito e das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene, e romanos que aqui residem,
11 tanto judeus como prosélitos, cretenses e arábios. Como os ouvimos falar em nossas próprias línguas as grandezas de Deus?
12 Todos, atônitos e perplexos, interpelavam uns aos outros: Que quer isto dizer?
 13 Outros, porém, zombando, diziam: Estão embriagados!
14 Então, se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomai conhecimento disto e atentai nas minhas palavras.
 15 Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia.

Atos 2.1: “Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar;”
          Este “todos é aquela assembléia “...de umas cento e vinte pessoas”, conforme At 1.15. Era presidida pelos apóstolos, como lemos no v.13: “...onde se reuniram Pedro,  João, Tiago e André; Filipe,Tomé, Bartolomeu e Mateus; Tiago, filho de Zebedeu, Simão, o zelote, e Judas, filho de Tiago.”
           “...ao cumprir-se o dia de Pentecostes”:  Pentecostes era uma das festas ordenadas por Deus para Israel.Chamava-se “festa da Colheita” (veja Lv 23.15-21; Dt 16.9-12).  Passou a se chamar “Pentecostes” porque se cumpria exatamente há cinquenta dias após a festa das Primícias (Lv 23.9-14. As festas judaicas (Lv 23) eram figuras (ou sombras) de realidades espirituais (Hb 8.5; 10.1). A realidade espiritual da qual esta festa da Colheita era uma figura, é a vinda do Espírito Santo para NOS REVELAR a Jesus como “Senhor e Cristo” (At 2.36). Anualmente era comemorada pelos judeus em Jerusalém e ganhou sua realidade neste dia, quando o Espírito Santo veio INAUGURAR O MINISTÉRIO DA IGREJA DE NOSSO Senhor Jesus (At 1.8). A festa das Primícias REPRESENTAVA a ressurreição do Senhor Jesus (I Co 15.20). Quarenta dias após a Sua ressurreição Jesus ascendeu aos céus (At 1.3). Sendo que Pentecostes  se cumpre cinquenta dias após a festa das Primícias, assim sabemos que, da ascensão do Senhor até Pentecostes, se passam dez dias. Ora, como a ressurreição do Senhor , não tem repetições, também  Pentecostes NÃO TEM REPETIÇÕES. Pois o Espírito Santo VEIO para permanecer, até COLHER um povo (= a igreja) para o Senhor Jesus.
          “...no mesmo lugar” , esta afirmação reporta ao que já fora dito em At 1.12-13, onde lemos: “...voltaram para Jerusalém. Quando ali entraram, subiram para o cenáculo.” Ficava, portanto, em um lugar alto dentro de Jerusalém. Era uma casa (At 2.2). Entendo que aí Jesus celebrou a última ceia (Lc 22.12). Chamava-se Cenáculo porque, como o nome o diz, era um lugar com vista panorâmica. Possivelmente avistando boa parte da cidade de Jerusalém e o próprio templo.

(Segue sendo publicado versículo por versículo)