Atos 2.4: “Todos ficaram cheios do
Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas conforme o Espírito lhes
concedia que falassem.”
O estudo
deste versículo requer muita atenção, pois o que nele se diz está associado ao
que está escrito antes e depois.
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo...”
Ou seja, cada um, daquele grupo de umas 120 pessoas ficou “cheio do Espírito Santo”. Sendo “cheios do Espírito Santo” são guiados, movidos, controlados
por Ele. MAS, destas palavras ganhamos mais informações, devido ao que ANTES delas estava dito. Ou seja, a expressão
“...ficaram cheios do Espírito Santo...”
está nos confirmando que OS APÓSTOLOS foram “batizados com o Espírito Santo.” Isto porque, há dez dias estavam esperando pelo “batismo”. Se “...ficaram cheios do Espírito Santo”, certamente o Espírito
está neles. Se o Espírito Santo está
neles, então foram batizados pois veio habitar neles para sempre. Naquele momento foram “batizados com o Espírito Santo”. Ou melhor, foram batizados “com o Espírito Santo e com fogo”.
NOTA: O apóstolo Paulo, em suas cartas, nos fala sobre sermos batizados com o Espírito Santo e sermos cheios do Espírito Santo:
Em
Rm 8.9 diz: “...se alguém não tem o
Espírito de Cristo, este tal não é dele”. Em Ef. 1.13 diz: “...tendo nEle crido (=crido em Jesus), fostes
selados com o Espírito prometido”. Em I Co 12.13 diz: “Ora,em um só Espírito, TODOS NÓS fomos batizados, formando um corpo”. Estas
passagens mostram que, quando somos
selados com o Espírito prometido, aí de fato pertencemos a Cristo; aí somos
batizados com o Espírito Santo; pois é quando o Espírito Santo vem habitar em
nós para sempre. Ser “batizado com o
Espírito Santo” é um acontecimento que ocorre apenas UMA VEZ em nossa vida.
Quando se crê no Senhor Jesus entregando nossa vida a Ele, aí se recebe o
Espírito Santo para estar para sempre em nós (Jo. 14.16).
Em I Ts 5.19 Paulo nos diz: “...não apagueis o Espírito”. Em Ef 5.18
diz: “...enchei-vos do Espírito”.
Estas palavras falam sobre o nosso viver com o Senhor. Aqueles dentre nós que
tem experiência sabem disto muito bem. Há fases em que nos sentimos cheios do
Espírito e outras não. Está fora de nosso estudo de At 2, mas desejo recordar
que ser “cheio do Espírito” não é
sempre sinônimo de alegrias e fortes emoções. Certamente muitas vezes, ao
sermos cheios do Espírito, sentimos grandes alegrias e emoções. Mas ninguém foi
“cheio do Espírito” mais que Jesus quando era crucificado. E garanto
que ninguém sofreu igual a Ele ali na cruz. Era completamente cheio do Espírito
e, no entanto, passava as horas mais amargas de Sua vida. Então, qual a
principal característica de quando somos cheios do Espírito? A principal obra
do Espírito, a nos encher com Sua presença, é nos da COMUNHÃO com Deus, é nos capacitar a CRER na verdade,
a VIVER segundo a verdade. Alguém crendo em mentiras poderá afirmar que está
cheio do Espírito? Jesus se referiu a Espírito Santo chamando-O de “...Espírito da verdade” (Jo 15.26).
Portanto, ser “cheio do Espírito Santo” é
um fato que acontece muitas e muitas
vezes em nossas vidas. Sempre que “apagamos”
a Sua manifestação em nós (devido a nossos pecados), temos a necessidade de
voltar a sermos “cheios do Espírito
Santo...” (confessando nossos pecados, que são perdoados pelo sangue do Cordeiro
– I Jo 1.7).
“Todos ficaram cheios do Espírito Santo...”
Dentro do contexto histórico da redenção este fato ocupa um lugar singular.
“É a primeira vez que o Espírito Santo está em homens de Deus com a missão de
testemunhar de Jesus, HOMEM RESSURRETO, como Senhor” (At 2. 32-36; Hb 2.5-9). Os
profetas até João Batista, guiados pelo Espírito, anunciavam que o Messias
viria (Mt 11.13; Lc 3.16). Simeão, cheio do Espírito, tomando o menino Jesus em
seus braços reconheceu que era o Messias (Lc 2.26-28).
João Batista, cheio do Espírito, ao ver Jesus disse: “Eis o Cordeiro...” (Jo 1.35-36). Mas agora os discípulos estão
cheios da presença do Espírito, neles; que obra, portanto, o Espírito fará?
(Continua a análise do versículo 4 na próxima postagem)
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