Essa é a oportunidade de tentar
responder a esta pergunta. Tomemos por exemplo, a Pedro. Possivelmente foi um
dos que falaram em “línguas”. Em que
língua se ouviu falando? Quando chegar no céu, saberei em que língua falou. Mas
para não ser reprovado quanto ao que entendo hoje desta Escritura, preciso
acertar enquanto estou aqui. Da minha parte respondo que , se Pedro foi um dos
falantes, tudo o que falou, se ouviu falando no seu velho idioma de origem,
a linguagem comum da Galileia.
E isto por três razões:
1.
Seria
incoerência, “a multidão dos ouvintes ENTENDER tudo em suas línguas de origem o
que os discípulos falaram, se eles próprios não tenham ouvido a si próprios na
sua língua de origem, ou seja, a linguagem da Galileia. A multidão de ouvintes
reconheceu e disse: “Vede! Não são,
porventura, galileus todos esses que aí estão falando?
2.
Convém
notar que, entre a multidão, certamente havia aqueles que da Galileia tinham
vindo a Jerusalém para a festa de Pentecostes. Para estes tudo lhes soou normal.
Lucas não os inclui naquela lista de ouvintes (vs. 9-11), porque eram galileus
ouvindo seus conterrâneos.
3.
Nenhum
dos discípulos que falaram saiu a procura de saber o que disse, o que falou.
Isto me convence de que os discípulos, por serem galileus ouviram a si mesmos
na sua língua de origem.
Sendo que os discípulos ouviram a si mesmos
falando o idioma a que eram habituados,
podemos indagar: Como, então as Escrituras garantem que eles
“...passaram a falar em outras línguas”(v.4)? Penso que não foi fácil para
Lucas descrever o que aconteceu. Ao compreendermos seu escrito, daremos razão a
forma como escreveu. Se me fosse dada a tarefa de narrar o que aconteceu em
Pentecostes, em tão poucas palavras com fez, não seria capaz de melhorar o que
está escrito. Portanto, verdadeiramente as Escrituras nos dizem que, aqueles
que falaram “...passaram a falar em
outras línguas”, pois isto foi a obra do Espírito Santo fazer com que
“aquilo que os discípulos falaram chegasse aos ouvidos de cada ouvinte na
língua de sua nação de origem”. PARA CADA OUVINTE, eles verdadeiramente FALARAM
em sua língua materna. Falaram e eram ouvidos simultaneamente em DEZESSEIS
diferentes línguas (=pois devemos incluir os GALILEUS entre a multidão assistente).
Sendo assim, em que consistia este FENÔMENO de
falarem em “outras línguas” cientificamente falando? Consistia nisto: Aquilo que Pedro falava, tomemos a ele como exemplo,
era transformado em frases na língua de cada ouvinte. Claro que isto a ciência
humana não tem capacidade de realizar. Mas esta obra foi realizada pelo
Espírito Santo. Visto termos mais tempo que Lucas, vamos repetir o que acabamos
de dizer: foi obra do Espírito Santo fazer com que “o som das palavras saída
das bocas de cada discípulo” chegasse aos ouvidos de CADA OUVINTE, em palavra
de sua língua de origem, (o dom não era de OUVIR, mas de FALAR). Aos ouvidos de
um romano o Espírito Santo transforma para o latim. A um árabe, na sua língua
árabe. A cada um na sua própria língua.
É importante entendermos que cada um que falou, simultaneamente foi
ouvido em dezesseis línguas diferentes. Isto prova ser correta a forma que
Lucas escreve: “...passaram a falar em outras
línguas” (v.4). Isto não é a mesma coisa quando uma pessoa fala numa
língua, e depois em outra, e mais outra, etc., não! Em Pentecostes, quem falou
foi ouvido em dezesseis línguas diferentes. Por isto Lucas escreve dos que
falaram: “...passaram a falar em outras
línguas...SEGUNDO o Espírito concedia que falassem” (v.4).
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