quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

EM QUE LÍNGUA, CADA UM QUE FALOU, SE OUVIA FALANDO?





          Essa é a oportunidade de tentar responder a esta pergunta. Tomemos por exemplo, a Pedro. Possivelmente foi um dos que falaram em “línguas”. Em que língua se ouviu falando? Quando chegar no céu, saberei em que língua falou. Mas para não ser reprovado quanto ao que entendo hoje desta Escritura, preciso acertar enquanto estou aqui. Da minha parte respondo que , se Pedro foi um dos falantes, tudo o que falou, se ouviu falando no seu velho idioma de origem, a linguagem comum da Galileia.
E isto por três razões:

1.     Seria incoerência, “a multidão dos ouvintes ENTENDER tudo em suas línguas de origem o que os discípulos falaram, se eles próprios não tenham ouvido a si próprios na sua língua de origem, ou seja, a linguagem da Galileia. A multidão de ouvintes reconheceu e disse: “Vede! Não são, porventura, galileus todos esses que aí estão falando?
2.     Convém notar que, entre a multidão, certamente havia aqueles que da Galileia tinham vindo a Jerusalém para a festa de Pentecostes. Para estes tudo lhes soou normal. Lucas não os inclui naquela lista de ouvintes (vs. 9-11), porque eram galileus ouvindo seus conterrâneos.
3.     Nenhum dos discípulos que falaram saiu a procura de saber o que disse, o que falou. Isto me convence de que os discípulos, por serem galileus ouviram a si mesmos na sua língua de origem.

Sendo que os discípulos ouviram a si mesmos falando o idioma a que eram habituados,  podemos indagar: Como, então as Escrituras garantem que eles “...passaram a falar em outras línguas”(v.4)? Penso que não foi fácil para Lucas descrever o que aconteceu. Ao compreendermos seu escrito, daremos razão a forma como escreveu. Se me fosse dada a tarefa de narrar o que aconteceu em Pentecostes, em tão poucas palavras com fez, não seria capaz de melhorar o que está escrito. Portanto, verdadeiramente as Escrituras nos dizem que, aqueles que falaram “...passaram a falar em outras línguas”, pois isto foi a obra do Espírito Santo fazer com que “aquilo que os discípulos falaram chegasse aos ouvidos de cada ouvinte na língua de sua nação de origem”. PARA CADA OUVINTE, eles verdadeiramente FALARAM em sua língua materna. Falaram e eram ouvidos simultaneamente em DEZESSEIS diferentes línguas (=pois devemos incluir os GALILEUS entre a multidão assistente).

Sendo assim, em que consistia este FENÔMENO de falarem em “outras línguas” cientificamente falando? Consistia nisto: Aquilo que Pedro falava, tomemos a ele como exemplo, era transformado em frases na língua de cada ouvinte. Claro que isto a ciência humana não tem capacidade de realizar. Mas esta obra foi realizada pelo Espírito Santo. Visto termos mais tempo que Lucas, vamos repetir o que acabamos de dizer: foi obra do Espírito Santo fazer com que “o som das palavras saída das bocas de cada discípulo” chegasse aos ouvidos de CADA OUVINTE, em palavra de sua língua de origem, (o dom não era de OUVIR, mas de FALAR). Aos ouvidos de um romano o Espírito Santo transforma para o latim. A um árabe, na sua língua árabe. A cada um na sua própria língua.
          É importante entendermos que cada um que falou, simultaneamente foi ouvido em dezesseis línguas diferentes. Isto prova ser correta a forma que Lucas escreve: “...passaram a falar em outras línguas” (v.4). Isto não é a mesma coisa quando uma pessoa fala numa língua, e depois em outra, e mais outra, etc., não! Em Pentecostes, quem falou foi ouvido em dezesseis línguas diferentes. Por isto Lucas escreve dos que falaram: “...passaram a falar em outras línguas...SEGUNDO o Espírito concedia que falassem” (v.4).

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