domingo, 26 de maio de 2013

CAPÍTULO 12 de I Coríntios:




          PASSEMOS AGORA ao estudo dos versículos que tratam de “línguas” na Primeira Carta de Paulo aos Coríntios. Vale recordar que nela se completa tudo o que o NT trata sobre o assunto. E o primeiro texto onde aparece algo a respeito está no capítulo 12, onde lemos:
          V.4 “Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo...
          V.7A manifestação do Espírito é concedida a cada um visando um fim proveitoso.”
          V.10 “... a um, variedade de línguas e a outro, a capacidade de interpretá-las.
          Por que anotamos apenas parte de três versículos e não todo o texto? Porque este estudo precisa ser um trabalho o menor possível, mas que permita comunicar com clareza a interpretação que damos a cada parte. E mais, este estudo pressupõe boa familiaridade por parte do  leitor com estes escritos de Paulo. Vejamos o que nos ensinam estes versículos:
          Eles nos dizem que é um “dom” (=dádiva, presente, v.4) que “a manifestação do Espírito concede” (v.7) a um discípulo falar uma “variedade de línguas” (v.10). Em outras palavras, isto nos diz que alguns crentes da igreja ganharam, por obra do Espírito, o domínio de conhecerem e falarem em diversas línguas (=dom de línguas).
Um exemplo prático disso seria eu, que só falo português, aprender Yanomami e cricatica, línguas de tribos indígenas aqui da Amazônia. Os “dons” (v.4) foram dados “visando um fim proveitoso” (v.7); e, certamente, o “fim proveitoso” de um discípulo “falar outras línguas” é poder comunicar o evangelho para pessoas que só falam “outra língua”. Eu, muito preguiçoso, quero que os aborígenes amazônicos aprendam o português, para então ouvirem o evangelho. Mas nem todos pensam como eu; e Paulo também não concordaria com esta opinião. Em Corinto, para onde afluíam pessoas de todas as nações, um cristão que falasse diversas línguas, teria maior utilidade do que alguém como eu, que só falo o português. Também de nada me aproveitaria falar yanomami, se esta língua servisse apenas para ocupar minha memória, não tendo outros com quem me comunicar. Paulo é um homem prático, ele destaca “a manifestação do Espírito é concedida a cada um visando UM FIM PROVEITOSO” (v.7).  Lemos no ...
          V.10”...a outros a capacidade de interpretá-las”.
Quando duas pessoas de línguas diferentes querem se comunicar, como fazem? Não podem, pois uma não entende a outro. É necessário um interprete que conheças as duas línguas. E mais que isto. Há quem sabe falar bem em duas línguas, mas quando tem de traduzir o que ouve em numa língua, falando o que ouve noutra, não se sai bem. Quem consegue comunicar a idéia completa do que ouve numa língua, falando em outra, é um intérprete. E Paulo aqui nos diz que o Espírito Santo capacitou a alguns irmãos na igreja em Corinto a serem intérpretes, dando-lhes a “capacidade de interpretar”.

          CORINTO e JERUSALÉM. Agora UM FATO se torna extremamente curioso, se compararmos Corinto com Jerusalém. No dia de Pentecostes, quando os discípulos “...passaram a falar em outras línguas” (At 2.4), NÃO HOUVE NECESSIDADE de intérpretes. Os ouvintes disseram: “Vede, não são galileus todos esses que ai estão falando? Como os ouvimos falar, cada um de nós em nossa própria língua materna?! (At 2.7 e 8).  Portanto em Jerusalém não se fez necessário intérpretes. Mas em Corinto, no primeiro versículo que menciona línguas, já é dito: “...a um, variedade de línguas e a outro, a capacidade de interpretá-las” (I Co 12.10). Portanto, há uma diferença; pois na igreja em Corinto ERA NECESSÁRIO INTÉRPRETES. O que Paulo escreve no cap. 14, tudo esclarecerá. O texto seguinte da carta que menciona línguas é o...

          V.28  A uns estabeleceu Deus na igreja, primeiramente apóstolos em segundo lugar profetas; em terceiro...; depois dons de... variedade de línguas”.
Nosso comentário deste verso se limita a dizer que “variedade de línguas” era um “dom” que Deus concedeu a “uns ...na igreja” atendendo ao propósito de a estabelecer (=organizar). O que é este “dom de variedade de línguas”, Paulo nos dirá no capítulo 14.
          V.30 “...Falaram todos em outras línguas? Interpretam-nas todos? Esta é uma forma de perguntar já respondendo; e a resposta é: “Nem todos”. Isto confere com o que escreveu no v.29: “São todos apóstolos? Ou, todos profetas? Etc...” Visto que Deus estabeleceu na igreja “primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; etc...” é evidente que nem todos são apóstolos; nem todos são profetas; etc..: nem todos falam outras línguas; e nem todos interpretam-nas.

sábado, 11 de maio de 2013

LÍNGUAS EM CORINTO...



         UM POUCO DE HISTÓRIA:
          Para melhor entendermos sobre “Línguas na Igreja em Corinto” vejamos, primeiro, um pouco de sua história.
          Corinto era uma cidade portuária a beira do mar Egeu. A cidade Foi destruída em 146 aC pelos romanos, mas restabelecida como colônia em 44 aC. Nos dias de Paulo era a capital da província da Acaia e sede do proconsulado romano que governava a parte sul e central da Grécia. Construída num istmo estreito de terra que unia a Polinésia com a Grécia principal, era banhada pelo Golfo de Corinto. No auge da sua prosperidade comercial muito ativa, tinha uma população estimada em duzentas mil pessoas livres e quinhentas mil escravas. Era um centro do comércio marítimo e da navegação militar do Império Romano, que tudo dominava naquela época. Para ali afluíam todas as etnias, gentes de todas as nações do Império Romano. Isso significava que ali se encontravam pessoas que falavam as línguas dessas nações. Embora fosse o latim a língua de Roma e de todo o seu sistema militar e jurídico que regia o império, não era a língua comum de comunicação entre os povos do império. Esta era o KOINÉ. Isto porque antes do Império Romano o mundo fora dominado pelo poder  grego; que popularizou em todas as terras a sua forma de linguagem. Portanto a língua grega de então, conhecida pelo nome de koiné, era como a língua inglesa hoje entre os povos. Se você fala inglês encontra quem te entende em qualquer nação do mundo. A cidade de Corinto era uma cidade de origem grega, ou seja, o koiné era a língua nativa (nesta se escreveu todo o Novo Testamento). Em sua segunda viagem missionária, Paulo permaneceu ali durante os anos 51 e 52 dC.
          CERTAMENTE o evangelho reuniu num só corpo, convertidos dentre todas as nações. Na igreja se reuniam todos que criam no Senhor Jesus fossem de origem de qualquer nação ou raça. E a igreja em Corinto enfrentou, em extremado grau, a dificuldade de ter inumeráveis membros falando apenas as suas línguas maternas.
Imagino eu, que só falo português, entrando na igreja em Corinto. Mas, para que não fique só na busca de entender o que se passou na igreja em Corinto, convido meu irmão leitor destas linhas, a se imaginar também, entrando lá e participando da vida da igreja. Talvez o irmão tenha mais graça que eu e conheça a língua grega na qual Paulo escreveu as cartas. Então teria grande vantagem. Mas se não, se fosse como eu, o aperto ia ser grande. Como grande deve ter sido para um irmão que, supondo, tenha vindo das regiões da Líbia, nas imediações de Cirene (cp. At 2.10), entrar numa igreja onde muitos falam apenas as suas línguas e uma diferente das outras, ...eu acho que era melhor nem sair de casa. O que você acha? Para quem não gosta de complicações talvez seja isto uma boa ideia, mas não é assim que agrada ao Senhor, que nos uniu num só corpo. A dificuldade tem de ser enfrentada; embora as coisas não lhes foram fáceis. E nós, somos de menor coragem que eles?
         Bom, podemos dizer: “Na minha igreja aqui no Brasil não temos estes problemas, portanto, deixemos as dificuldades com quem as tem”. De fato, as coisas podem ser tratadas assim, mas se quisermos compreender o que se passou quanto as “diversas línguas” faladas na igreja em Corinto, não podemos ignorar esta dificuldade que enfrentaram. Aliás, foi motivo de Paulo tratar em sua primeira carta “a questão de irmãos falando em outras línguas na igreja”. Então, os escritos de Paulo aos coríntios podem e de fato são úteis para nós hoje; pois normatizam a nossa conduta na igreja quanto a questão de línguas.
          Foi por volta do ano 57 dC, quando, de Éfeso, Paulo lhes escreve a primeira carta. A igreja em Corinto foi fundada por seu trabalho evangelístico; e também cresceu e se edificou por seu ministério. Tudo ali lhe Ra familiar (At 18.1-11). MAS, se as coisas que aconteciam naquela igreja eram familiar para Paulo, seriam para nós hoje, leitores daqueles escritos? Para um membro daquela igreja ao ouvir as cartas, tudo lhes soou coerente, pois tratavam dos fatos como ocorriam por lá. Nada naqueles escritos lhe era descabido ou sem sentido. E o fato de sabermos que na igreja em Corinto participavam irmãos provenientes das mais diversas nações, só falando suas línguas de origem, é fundamental para sabermos o que passava por lá, e entendermos o que Paulo escreve sobre línguas na igreja. E MAIS, visto que hoje, devido a este assunto de línguas, a igreja de nosso Senhor Jesus Cristo se encontrar dividida devemos examiná-lo com especial atenção.
          NOTA: Hoje conhecemos muitas e diferentes interpretações que cristãos sinceros dão aos escritos sobre “línguas” em Pentecostes e na igreja em Corinto. Certamente não podem TODAS estar certas se interpretam de modos diferentes; pois a verdade é singular, é uma coisa ou outra. Devemos buscar a verdadeira interpretação das Escrituras em todos as seus ensinos.  Se a minha interpretação (ou parte dela) não for igual ao entendimento que o Espírito Santo deu ao escrito sacro no que escreveu, certamente será reprovada. Portanto, ainda que me credencie estar interpretando corretamente determinado texto ou assunto das Escrituras, é dever de prudência meu “examinar as interpretações dos outros irmãos”. Devemos examinar as interpretações não de má vontade, mas creditando a possibilidade de a minha interpretação estar confundida. Tenho feito isto. Se alguém ao ler este estudo aprová-lo, mas ainda não conhece as interpretações diferentes desta, então, da minha parte, recomendo que examinem. Examinem e conheçam bem todas as interpretações que cristãos sinceros dão a estes escritos de Paulo. Nossa fé deve ser apoiar em CONVICÇÃO, não em fanatismo.

LÍNGUAS NO CÉU...




          Creio que assim acontecerá conosco quando chegarmos no céu. No céu, assim que chegue lá, creio que poderei conversar com quaisquer dos santos irmãos. Poderei falar com Abraão ou Abel, os quais aqui na terra falavam  outra língua que não o meu português. Se no céu eu puder falar apenas com os irmãos que falam a língua portuguesa, como falarei com os irmãos do passado? Ao me encontrar com Paulo, autor da primeira carta aos Crentes em Corinto, e lhe pedir confirmação do que dela entende neste assunto de língua, será que podemos conversar e nos compreender, sem necessidade de intérpretes? Eu creio que sim. E por que? Porque o Espírito Santo tem DEMONSTRADO  que tem o  poder de transformar as frases que eu falar em português para qualquer outra língua (como aconteceu no dia de Pentecostes). CERTAMENTE não posso garantir que no céu a comunicação entre os santos será como estou declarando. Lá, talvez, todos aprendamos uma “nova língua”, comum a todos; também isso é possível e provável. Mas um fato é verdadeiro: “No céu teremos a continuidade do viver que aqui tivemos em comunhão com o Senhor. Ou seja, em chegando lá, não perderei o conhecimento de tudo que aqui na terra tive. No céu saberei falar meu português como agora falo. Isto pode ser confirmado de muitos modos pelas Escrituras. Um destes é comparando com o que aconteceu com o Senhor Jesus após a Sua ressurreição. Ao se apresentar ressurreto aos discípulos, falava e os reconhecia como antes da Sua morte (cp. Lc 24.39). Ora, isto confirma que no céu não perderemos nossa experiência de vida que aqui tivemos incluindo a língua (ou línguas) que hoje falamos.
          Então, para finalizar, digo que uma possibilidade de como nos comunicaremos no céu é se repetir o que aconteceu em Jerusalém, no dia de Pentecostes. E de que forma isto será: “Eu o compreenderei como a me falar em português; e ele, me compreenderá como a lhe falar em sua língua, seja ela qual for”. BOM, isto é o que posso imaginar tomando por base o que aconteceu em Jerusalém. Só espero que no céu não tenha necessidade de INTÉRPRETES, para que possa falar com meus irmãos que não falam português.
          

PENTECOSTES X “PENTECOSTAIS”


NÃO FIQUE TRISTE PORQUE O QUE ACONTECEU EM PENTECOSTES NÃO ACONTECE MAIS HOJE

          E longe de mim, FICAR TRISTE, porque isto não acontece. O Espírito sabe o que é melhor para um discípulo de Jesus. Alias, o Espírito somente opera a vontade do Senhor Jesus Cristo, que está a direita do Pai, com toda autoridade nos céus e na terra “...até que ponha os seus inimigos por estrado dos seus pés” ( I Co 15.25). Portanto, é deixarmos de seguir a Jesus se acreditamos que hoje o Espírito está repetindo o que fez em Pentecostes. Em Jerusalém, com ouvintes de muitas nações ali presentes, NÃO HOUVE INTÉRPRETES, porque todos ouviram em sua língua materna cada discípulo de Jesus que falava.

PENTECOSTES   X  “PENTECOSTAIS”

          O que se percebe nas denominações “pentecostais” se compararmos com o que aconteceu no dia de Pentecostes lá Jerusalém, é que não há qualquer semelhança. De fato é mesmo muito estranho e somente para quem não conhece a Bíblia e nem o que aconteceu em Pentecostes para apontar qualquer semelhança. Somente se explica os ruídos produzidos pelos irmãos “pentecostais” chamados por eles de “línguas estranhas”  como algo meramente psicológico produzido por pessoas sugestionadas e embora algumas sinceras (tanto as que sugestionam quanto as sugestionadas). 
          Lá em Pentecostes, quem falava, entendia o que falava e falava na sua própria língua materna e quem ouvia, o fazia na sua própria  língua materna fosse ela qual fosse. Ah! E as línguas de Pentecostes eram línguas de nações.
          Cá, (entre os pentecostais) como não se trata de línguas, e sim de alguns sons inteligíveis e não compreensíveis nem por quem fala e nem por quem ouve, chamam-na de “línguas estranhas”. De fato são estranhas mesmo. Na verdade nem língua são. Ou chamam de “língua dos anjos”. Quem sabe qual a língua por meio da  qual os anjos se comunicam?  Claro que os anjos se comunicam. Como ninguém sabe qual é a língua dos anjos, fica bem cômodo chamar  a “língua estranha” de “língua dos anjos”. 
          Há outra forma de se referir aos estranhos sons produzidos em êxtase  pelos irmãos “pentecostais”: “falar em mistérios”.  É de fato um grande mistério. Ninguém sabe nada. Nem quem fala sabe nada do que se trata e nem quem ouve também. E ainda afirmam que quem está “falando em línguas” está sendo edificado, embora não saiba e nem entenda nada do que está “falando”.
          Toda esta confusão e todos estes equívocos lamentáveis se dão porque se associa o que aconteceu em Pentecostes com o que trata  o Apóstolo Paulo na sua  primeira carta aos coríntios, nos capítulos 12-14. E por se fazer essa associação equivocada, algumas interpretações também equivocadas são feitas. Já analisamos minuciosamente o fenômeno acontecido em Pentecostes. Agora vamos analisar o que Paulo escreveu em I Co 12-14.

domingo, 5 de maio de 2013

LÍNGUAS, NA IGREJA EM CORINTO




          Agora passemos a estudar sobre línguas no que está exposto na Primeira Carta de Paulo aos Coríntios.
             Temos estudado no livro de Atos dos Apóstolos sobre a maravilha de os discípulos de jesus Cristo falarem em línguas no dia de Pentecostes (At 2.1-15). Vimos que o milagre de falarem em línguas consistia em o Espírito Santo operar de tal modo que “um discípulo que falava era ouvido (simultaneamente e sem intérpretes) em todas as línguas; sendo que cada ouvinte ouvia apenas na sua língua de origem”. Sabemos que isso só foi possível porque Deus operou um milagre. Humanamente, isso não seria possível. Se isso se repetisse hoje, então, um discípulo de Jesus ao falar, seria ouvido falando apenas na língua japonesa, para um japonês que ali se fizesse presente; se ali tivesse um alemão, este ouviria aquele mesmo discípulo falando em alemão, e um francês ouviria na sua língua francesa, etc... Outra coisa importante: O discípulo em questão se ouviria falando na sua língua materna e entenderia perfeitamente o que estava a dizer (por exemplo, um discípulo brasileiro que fala português) Trata-se de um fenômeno que até para entendermos como aconteceu é um tanto difícil; por ser fora da possibilidade humana de ser imitado. Sempre, no livro de Atos, que o Espírito concedeu aos discípulos falarem em “outras línguas”, foram ouvidos falando na língua materna de seus ouvintes, enquanto eles próprios se ouviram falando na sua língua materna (É o que concluímos no estudo: “Línguas, em Jerusalém”). Portanto, por assim ser, não houve intérpretes.
          Quando pessoas que falam línguas diferentes se encontram e não conhecem a língua um do outro, não conseguem se comunicar, visto que uma não entende o que a outra fala. As coisas são assim desde a torre de Babel, quando Deus confundiu a linguagem dos homens, operando que grupos de pessoas falassem línguas diferentes, e assim, uns não entendiam os outros. Como não tiveram tempo de aprender as línguas dos outros, não havendo intérprete(=alguém que conhece duas línguas, para servir de tradutor entre os que falam apenas suas línguas de origem), pararam o seu projeto de construírem a torre e se dispersaram.
           Verdade que hoje, graças aos recursos disponíveis, a humanidade tem ganho enorme facilidade em aprender as línguas uns dos outros. Não faltam intérpretes. Nas conferências internacionais QUEM FALA pode ser ouvido, por meio de tradução quase simultânea (=usando os sistemas eletrônicos de comunicação: microfones, amplificadores, fones de ouvidos, etc...), na língua de seus ouvintes. Portanto hoje, com intérpretes e os recursos tecnológicos que Deus nos tem concedido, a humanidade pode superar facilmente esta dificuldade de comunicação.
          Mas a grande maravilha de Pentecostes ainda sobressai como um fato inigualável na história da humanidade: Se hoje o Espírito concedesse a um discípulo de Jesus falar em outras línguas como aconteceu naquele dia em Jerusalém, e ele fosse um orador numa conferência internacional, de nenhum intérprete necessitaria, pois seria ouvido a falar diretamente na língua de origem de cada ouvinte. Mas não se tem visto nada igual acontecer. E por que? Porque os discípulos de hoje não tem fé? É certo que não é por isso, pois quando os discípulos em Jerusalém falavam perante a multidão (=aquela foi uma reunião internacional), nem eles pensavam nada a esse respeito; não tinham, portanto, o mínimo de fé (entenda-se aqui por fé, como sendo alguém confiar nas promessas que Deus fez). Em Pentecostes Deus, ao operar que os discípulos falassem(simultaneamente e sem tradutores) nas línguas de todas nações representadas, não fia “fé” em nem um daqueles discípulos. Simplesmente, em Sua soberania, o Espírito Santo operou este milagre.
          Visto que hoje o Espírito não está realizando o mesmo que operou naqueles dias, não vou dizer que Deus tenha perdido o seu  poder; mas que NÃO QUER repetir o que fez. Portanto, não vou discutir o “por que Deus não está hoje concedendo aos discípulos de Jesus falarem em outras línguas como em Pentecostes”. O primeiro fato que um discípulo de Jesus deve saber é que Deus é sábio, sabe o que faz. Segundo, um discípulo de Jesus tem por seu maior atributo ser verdadeiro, ou seja, andar na verdade; e  não ser enganado seguindo mentiras. E a verdade é que Deus hoje não está operando o que realizou no dia de Pentecostes.
                                                                           (Continua na próxima postagem)