domingo, 9 de junho de 2013

CAPÍTULO 14 de I Coríntios:



          V.2 Pois quem fala em OUTRA LÍNGUA não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende, e em espírito fala mistérios”.
          V.4 O que fala em OUTRA LÍNGUA a si mesmo se edifica...”
          Vimos no cap. 12 que há o dom de “variedade de línguas”, mas aqui Paulo escreve “...quem fala em OUTRA LÍNGUA”, no  singular, não no plural; portanto, UMA língua apenas. Ou seja, se eu tivesse o dom de falar em diversas línguas (=variedade de línguas), no momento que falasse numa, não estaria, isto é óbvio, falando noutra. Sempre que alguém fala em uma língua diferente da conhecida por outro que ouve, está falando em OUTRA LÍNGUA para este. Assim também, para estrangeiros que não entendem o português, ao me ouvirem falar, estarei falando em “outra língua” para eles.
          Portanto, nestes VS.2 e 4, quem fala em “outra língua” pode ser alguém que fala apenas a sua língua materna. E, ao ser ouvido por um estrangeiro que não a conhece, está a falar em “outra língua”. Isto é o que Paulo diz nestes versos.
Foi uma surpresa para mim quando entendi isto. Sempre lia estes versículos entendendo como a falar dos irmãos que possuíam o dom de “variedade de línguas”. Certamente alguém que fala diversas línguas pode ser incluso neste texto (=basta falar em qualquer língua que não seja entendida por seus ouvintes). Mas hoje estou convencido que Paulo, ao escrever estas palavras, não focalizava os que falavam diversas línguas, mas aqueles irmãos que dominavam apenas a sua língua estrangeira, e vieram a Corinto. Examinemos esta parte do...

          V.2 “quem fala em outra língua não fala a homens senão a Deus, visto que ninguém o entende...” Podemos perguntar: “Quem de nós quer falar uma língua com a qual fala a homens”? E mais: “Será que Deus ensina a alguém uma língua que ninguém mais entende, a não ser quem fala esta “outra língua” e Ele, Deus? Completo absurdo seria dar resposta positiva para estas perguntas. Primeiro porque todas as línguas que se falam tem o propósito de nos dar comunicação. Segundo porque Deus não daria a alguém conhecer uma língua que somente ele e Deus a entendem. Mas então, que devemos entender destas palavras “...não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o entende...”? Digo que o entendimento é simples, se não queremos inventar complicação no que estão a dizer. Primeiro devemos entender que este que “em outra língua ...não fala a homens, senão a Deus” está orando. O que é orar, senão falar com Deus? E em falando com Deus não falamos com homens.
                                                                                                                Continua...                                             

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