Ora, quando oramos,
certamente sabemos o que dizemos. Seria o maior insulto a Deus eu “falar com
Deus” e não saber o que estou dizendo. Quando Paulo diz “...visto que ninguém o entende”, se refere
aos ouvintes deste que ora “em outra
língua” (=uma língua desconhecida para quem escuta), pois Deus conhece
todas as línguas).
Nesta expressão “...em espírito fala mistério” (final do v.
2), entendo que duas coisas Paulo está a
afirmar. A PRIMEIRA diz respeito “ao que fala e Deus”: “Paulo está
declarando que a oração deste que fala em
outra língua é legítima, ou seja, aceita por Deus (= “em espírito fala em mistério”, ele e Deus entendem”). A SEGUNDA diz
respeito “ao que fala e seus ouvintes”: Paulo quer que os ouvintes, que nada
entendem do que ouvem deste que fala com
Deus em outra língua, reconheçam que
é recebido por Deus (= “em espírito fala
mistérios”. Porque Deus o entende)”.
E, se alguém perguntar: “O que é
mistério?” Respondo: “É tudo o que desconheço”. Se não entendo o que alguém está falando com Deus,isto para mim é um mistério.
NUM exemplo, para ilustrar o que foi dito: Se eu (de novo?!) fosse à
igreja em Corinto, assim se aplicaria o v. 2: ...quem fala em outra língua (=eu, que falo apenas em português) não fala a homens, senão a Deus (=em
minha oração), visto que ninguém o
entende (visto que ninguém me entende quando falo em português), e em espírito (= isto é, no meu
entendimento) fala mistérios (=a
minha oração, a qual eu e Deus entendemos; mas é mistério para quem me ouve e não entende o português). Portanto,
com essa que é uma interpretação bastante coerente e lógica não se acha lugar
para se justificar que as pessoas que dizem estar “falando em línguas” ao pronunciar palavras inteligíveis seja (= “em
espírito fala mistérios”), como se o que pronunciam seja “mistério” até para
quem fala, algo totalmente ilógico. É na verdade alguém FALANDO SEM ENTENDER O QUE NINGUÉM TAMBÉM ENTENDE
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