sábado, 15 de março de 2014

I Coríntios 14.14-17



V. 14 “Por que se eu orar em outra língua o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera”.
V. 15 “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”.
V. 16 “E, se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto o amém, depois da tua ação de graças? Visto que não entendes o que dizes.”
V. 17 “porque tu, de fato, dás bem as graças, mas o outro não é edificado”.
          Estes vs. 14-17, entendo, formam um bloco; conduzindo uma ideia (=v.14) e desenvolvendo-a (=vs. 15-17).  Antes de descobrir o que Paulo trata neste bloco  fazia a maior confusão. Muita coisa ali me soava fora de lógica. Mas esse bloco é o fechamento do que trata desde o início do capítulo. E qual é o seu tema? Seu tema é a edificação da igreja onde há irmãos de diversas nações, falando apenas suas línguas de origem. Isto torna necessário vencer esta barreira de comunicação, para que cada um entenda o que os outros dizem. Iniciou o capítulo dando o maior apoio para “quem fala em outra língua”, aprovando que assim orem (v.2), e assim se edifiquem (v.4). Deseja que todos aprendam a falar em outras línguas (v.5); mas aponta um possível mau uso de falar em outras línguas (v.6). Quer que quem fala seja em qualquer língua,dê sentido claro às palavras que pronuncia (vs. 7-9). Mostra que toda língua tem sentido (v.10). Mostra que aqueles que falam línguas diferentes são estrangeiros entre si (v.11). Mostra que o propósito do dom de línguas é a edificação da igreja (v.12). E quem fala apenas a sua língua estrangeira, deve pedir ao Senhor para que o capacite entender a língua comum falada na igreja (v.13). Agora nos diz:
          V.14 “Por que se eu orar em outra língua o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera...” A depender como se interpreta este versículo, Paulo estaria a dizer um completo absurdo. E, se estivesse aqui entre nós, ficaria horrorizado de atribuirmos ter ele ensinado tal coisa. E esta interpretação errada é supor que Paulo está ensinando que “o meu espírito” e a “minha mente” são partes separadas no meu entendimento. Ou seja, que eu posso entender alguma coisa apenas com o meu espírito enquanto a minha mente nada entende. Voltando ao versículo seria interpretar que está ensinando que alguém que ora em outra língua, no seu espírito SABE o  que diz, mas a sua mente NÂO SABE o que diz.”  Isto equivale a dizer que eu tenho em mim DUAS sedes de inteligência: “numa eu conheço, noutra não conheço.” Se assim se deve interpretar este versículo, digo que Paulo ensinou loucura; mas longe disto. Nossa operação do nosso espírito por meio do nosso cérebro. Lembro que  dentro da minha cabeça tenho apenas uma sede de entendimento: “Se sei alguma coisa, sei. Se “não, não.” Impossível que eu entenda alguma coisa e ao mesmo tempo não. Portanto neste v.14, ou há um erro de tradução (não é o caso) ou devo procurar outro sentido ao que diz. Mas longe de mim, imaginar que Paulo está dizendo que posso entender alguma coisa com meu espírito e com minha mente ignorar. Todos  nós temos apenas a cabeça para pensar, e nossa mente é sede única onde pensamos. Sendo nossa mente a operação do nosso espírito por meio do nosso cérebro, não há como separar meu espírito da minha mente; é a mesma coisa.
                                                                                                                  Continua...