terça-feira, 27 de maio de 2014

I Coríntios 14.14-17 (V.16 e 17)

I Coríntios 14.14-17
...Continuação
         V. 16: “E, se tu bendisseres apenas em espírito, como dirá o indouto (=quem te ouve, mas não entende o que oras ou cantas) o amém depois da tua ação de graças? Visto que NÃO ENTENDE O QUE DIZES...”  Está mais que claro que o desejo de Paulo é que “cada um entenda o que qualquer outro fale,ore ou cante”. Para isto, no v.13 recomendou para aqueles que somente falam em outra língua (=diferente da língua comum falada na igreja), que orem para que possam entender o que ouvem. Nos v. 14 e 15 recomenda aos que oram e cantam que o façam de uma forma a serem entendidos (e não apenas se preocupando com seu próprio entendimento). Pois a forma de alguém ser edificado é entendendo o que ouve. Paulo prossegue...
          V. 17  “...porque, tu, de fato,dás bem as graças, mas o outro não é edificado”. Ora, “...o outro não é edificado” porque, como acabou de escrever no v. 16: “...não entende o que dizes”.

          Estes foram os versículos (14-17), mais difíceis para interpretar. Tudo se esclareceu ao perceber o sentido que Paulo dá para as palavras espírito e mente. Neste capítulo, quando emprega a palavra espírito, está se referindo “ao próprio entendimento, ao que ele mesmo entende”. Quando emprega a palavra mente, está se referindo “ao que os outros entendem daquilo que diz quando fala ora ou canta”. E, deste ponto em na, os versículos que seguirão não apresentam dificuldade de interpretação.

domingo, 18 de maio de 2014

I Coríntios 14.14-17 (v.15)

I Coríntios 14.14-17
                                                                                                     Continuação...
         V. 15: “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas orarei também com a mente...” E agora, o que Paulo diz?Há duas sedes de inteligência em nossa cabeça, para que possa orar com uma e deixe de orar com a outra? E Paulo, para me livrar deste erro, está dizendo que eu ore com o meu espírito, e também ore com minha mente? Temos duas sedes de pensamento, podendo pensar com uma ou com outra? Isto é bobagem.
          Paulo aqui não está falando dele consigo mesmo; como se estivesse dizendo que ele poderia orar com o espírito, ou orar com a mente. Antes o que escreve “fala dele em relação aos seus ouvintes”; como no versículo anterior. Então, o que quer dizer quando escreve: “...orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”? Bem, aqui as coisas complicam, se vou pensar que “posso cantar com o meu espírito e também cantar com a minha mente”, pois todo cântico sai pela boca, e só temos uma. Que Paulo não está ensinando uma loucura, isto eu sei. Que está difícil reconhecer o que está dizendo isto também eu sei. Mas que há um sentido correto, isto também é verdade. E esta interpretação correta, ainda não sei.
          Uma coisa é certa: Qualquer um de nós ao cantar, deve entender o sentido das palavras que está cantando; entendendo, portanto, o que diz em seu cântico. Cantarmos para Deus com palavras sem sentido para nós, isto somente nos desonraria perante Ele.
          Então, o que Paulo quer dizer quando escreve: “...cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”? Entendo que aqui Paulo emprega as palavras “mente”  e “espírito” com o mesmo sentido que empregou no versículo anterior. Ao empregar a palavra “mente” está se referindo “ao que seu ouvinte entende do que diz”. Ao usar a palavra “espírito”  está se referindo “ao que ele mesmo entende”. Se esta é a interpretação correta, então Paulo quer cantar “com o espírito” (=ele entendendo o que diz), e cantar “com a mente” (=seus ouvintes entendendo o que diz). E isto em um só cântico que sai da sua boca.
          Sendo assim, qual é o proveito prático do ensino destes versículos 14 e 15, para nós hoje? Da minha parte digo ser o mais prático para nossas igrejas onde todos falamos o português. Paulo se esmera por ensinar que qualquer que ora ou canta, não se preocupe apenas consigo (=entendendo o que diz para Deus), mas que ore e cante cuidando dos outros (= em ser entendido por quantos lhe ouvem). Agora me atrevo a dizer mais: “Muitos são os que cantam sem darem atenção a mensagem do que cantam. Vão lendo o hinário e, para não perderem a melodia do cântico, maioria das vezes perdem a mensagem que o hino comunica.” NÃO ESTÃO cantando com o espírito (= entendendo o que cantam perante Deus); mas, curiosamente ESTÃO cantando com a mente (= pois quem ouve o que cantam, entende bem).
          Então, assim entendemos o v. 15: “Que farei pois? Orarei com o espírito (= entendendo o que falo com Deus), mas também orarei com a mente (= mas também cuidando ser entendido por  quem me ouve); cantarei com o espírito (= entendendo o que canto perante Deus), mas também cantarei com a mente (= mas também procurando ser entendido por quem me ouve)”. Com isto confere o que escreve a seguir (v. 16):