domingo, 18 de maio de 2014

I Coríntios 14.14-17 (v.15)

I Coríntios 14.14-17
                                                                                                     Continuação...
         V. 15: “Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas orarei também com a mente...” E agora, o que Paulo diz?Há duas sedes de inteligência em nossa cabeça, para que possa orar com uma e deixe de orar com a outra? E Paulo, para me livrar deste erro, está dizendo que eu ore com o meu espírito, e também ore com minha mente? Temos duas sedes de pensamento, podendo pensar com uma ou com outra? Isto é bobagem.
          Paulo aqui não está falando dele consigo mesmo; como se estivesse dizendo que ele poderia orar com o espírito, ou orar com a mente. Antes o que escreve “fala dele em relação aos seus ouvintes”; como no versículo anterior. Então, o que quer dizer quando escreve: “...orarei com o espírito, mas também orarei com a mente; cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”? Bem, aqui as coisas complicam, se vou pensar que “posso cantar com o meu espírito e também cantar com a minha mente”, pois todo cântico sai pela boca, e só temos uma. Que Paulo não está ensinando uma loucura, isto eu sei. Que está difícil reconhecer o que está dizendo isto também eu sei. Mas que há um sentido correto, isto também é verdade. E esta interpretação correta, ainda não sei.
          Uma coisa é certa: Qualquer um de nós ao cantar, deve entender o sentido das palavras que está cantando; entendendo, portanto, o que diz em seu cântico. Cantarmos para Deus com palavras sem sentido para nós, isto somente nos desonraria perante Ele.
          Então, o que Paulo quer dizer quando escreve: “...cantarei com o espírito, mas também cantarei com a mente”? Entendo que aqui Paulo emprega as palavras “mente”  e “espírito” com o mesmo sentido que empregou no versículo anterior. Ao empregar a palavra “mente” está se referindo “ao que seu ouvinte entende do que diz”. Ao usar a palavra “espírito”  está se referindo “ao que ele mesmo entende”. Se esta é a interpretação correta, então Paulo quer cantar “com o espírito” (=ele entendendo o que diz), e cantar “com a mente” (=seus ouvintes entendendo o que diz). E isto em um só cântico que sai da sua boca.
          Sendo assim, qual é o proveito prático do ensino destes versículos 14 e 15, para nós hoje? Da minha parte digo ser o mais prático para nossas igrejas onde todos falamos o português. Paulo se esmera por ensinar que qualquer que ora ou canta, não se preocupe apenas consigo (=entendendo o que diz para Deus), mas que ore e cante cuidando dos outros (= em ser entendido por quantos lhe ouvem). Agora me atrevo a dizer mais: “Muitos são os que cantam sem darem atenção a mensagem do que cantam. Vão lendo o hinário e, para não perderem a melodia do cântico, maioria das vezes perdem a mensagem que o hino comunica.” NÃO ESTÃO cantando com o espírito (= entendendo o que cantam perante Deus); mas, curiosamente ESTÃO cantando com a mente (= pois quem ouve o que cantam, entende bem).
          Então, assim entendemos o v. 15: “Que farei pois? Orarei com o espírito (= entendendo o que falo com Deus), mas também orarei com a mente (= mas também cuidando ser entendido por  quem me ouve); cantarei com o espírito (= entendendo o que canto perante Deus), mas também cantarei com a mente (= mas também procurando ser entendido por quem me ouve)”. Com isto confere o que escreve a seguir (v. 16):


                                                                                                                                                      


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